quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O teatro, a vida e fim!!

A cortina se abre lentamente



E aos poucos vão aparecendo


Cada um com a sua cara e veste


Guiados pelos olhos que segue lendo.






O público alvo está aqui, está lá,


Pode ser um ou até milhares


O que importa? Ouvirão a fala.


Talvez não haja fortes olhares...






Mas o meu show é particular


E muito singular, mas orgulhoso.


Quero que o único me faça brilhar


E que a multidão ache escandaloso.






O que quero é aparecer e agradar


Com a minha máscara o esconderijo,


Que com certeza o povo não descobrirá.


Vamos! Vamos! O drama é o meu estilo!






Convenço trazendo lágrimas e ganho tudo


Sem barganhas, fazendo muita fama.


Uma palavra e pronto! Todos e o mundo


Estão de pé em aplausos e o meu nome chama.






Quando quero faço comédia com suas vidas


Toco em suas feridas e me abraçam a gargalhadas.


Falo de seus defeitos e não há brigas


Assim me sinto imbatível, o dono da ilha.






O continente de um povo bobo e contente


Que não enxerga a ironia do dia a dia


E restrito virou uma ilha cercada por ignorantes


Singrados pela hipocrisia da cortina que abria.






Um teatro, o mundo é um teatro


Com suas cortinas dividindo suas classes.


Do pecador ao sacerdote a troca de hábito,


Da alta sociedade a plebe o cheiro do enlace.






O primeiro ato termina e meus olhos atentos


Buscam nas páginas a nova mentira acolhedora


A cortina traz aos fracos e bajuladores o alento,


Para que aos perfumes e sedas viva a alma sonhadora.

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