Semana passada, um jornalista publicou um texto com o tútulo "10 Coisas que Gays devem parar de fazer em 2018". Seria uma leitura até interessante se não se tratasse de mais do mesmo: a velha demonização e perseguição à comunidade Gay com a qual já estamos acostumados há mais de 1600 anos. Um texto altamente estereotipante nos mesmíssimos moldes das publicações de conservadores religiosos que tentam ditar "como ser um Gay descente" na tentativa de adestrar a comunidade Gay para que ela sirva às suas vontades e aja da forma que eles desejam. Além de ridículo, o texto não fala absolutamente nada de relevante para um movimento político e se resume a choradeira e dor de cotovelo de gente ressentida que procura em tudo que é canto, uma forma de externalizar sua homofobia de uma maneira que não pareça homofobia, mas sim "desconstrução".
Frente a isso e inspirado pelo texto do coleguinha Caparica, resolvi listar algumas coisinhas que a turminha LGBT da lacração pode adotar como meta para 2018. Seguem elas:

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Parar de achar que gays são bonecos infláveis.
Dear
bissexual people. As pessoas homossexuais não são bonecas infláveis
que servem apenas para satisfazer sua necessidade de sexo quando sua
parceria hétero (aquela que você anda de mão dada na rua e
apresenta para a família, sabe?) não está afim de transar. Além
disso, não é pelo fato de ter um Gay afim de você, que você tem o
direito de coagi-lo a transar com você e uma mulher para satisfazer
seus fetiches. Se quer ser tratado com respeito, faça o mesmo
primeiro.
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Parar de fazer de conta que existe uma tal de “bifobia” (e pelo amor de Deus, PAREM com essa mania doentia de achar que ter uma “fobia para chamar de sua” é algo que gera algum “status”).
Já passou (e muito) da hora
de parar com essa palhaçada de achar que toda criticazinha, rejeição
amorosa ou olhadinha torta na rua ou na balada é uma “opressão
estrutural”. A tal da “bifobia” não existe e nunca existiu,
assim como também não existe essa lenda chamada “gordofobia”.
Ninguém morre por ser
bissexual; ninguém nunca foi preso por ser bissexual; ninguém nunca
foi considerado doente por ser bissexual; ninguém nunca foi
apedrejado, preso, decapitado, açoitado, assassinado ou enforcado
por ser bissexual; ninguém foi E É mandado para campos de
concentração por ser bissexual; ninguém nunca foi proibido de se
casar por ser bissexual; ninguém foi internado em hospitais
psiquiátricos e sofreu lobotomia por ser bissexual. Os bissexuais
que sofreram tais coisas, as sofreram não por uma suposta “bifobia”,
mas sim por HOMOfobia e por serem “confundidos” com homossexuais.
Nenhum bissexual leva porrada na rua quando está andando de mãos
dadas com sua namorada em um relacionamento hétero, mas corre o
risco de apanhar caso ande na rua de mãos dadas com um parceiro de
um relacionamento homo. Então apenas PAREM de tentar forçar a
existência da “bifobia” para poder ter um “lugar ao sol” no
“clubinho dos oprimidos” (como se isso fosse algum tipo de
vantagem e eu sinceramente não sei de onde vem essa mania doentia de
achar que gera algum ‘status’), porque ela existe tanto quanto a
“heterofobia”. Ou seja: NÂO existe.
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Parar de escrever que nem idiotas.
Eu realmente acho
engraçadíssimo como as pessoas que se dizem “as maiores ativistas
da justiça social que você respeita” se preocupam com todo tipo
de coisa inútil e sem sentido que não ajudam em absolutamente nada
na luta prática das minorias, mais ainda atrapalha a vida de outras
minorias. Uma dessas coisas é essa mania tosca de difundir o
analfabetismo funcional como se fosse algo extremamente louvável e
“revolucionário”.
Não é nada raro vermos
pessoas que se dizem “lutadoras contra o patriarcado” mudarem a
forma de escrever para bancar o “desconstruidão da porra” e
substituir as vogais das palavras por “x”, “@” e “e” (Ex:
Todxs, amigues, bonit@). Parem com isso pois além de ser uma coisa
totalmente inútil e sem sentido prático nenhum além da tal
“representatividade”, isso ainda pode atrapalhar a vida de
pessoas portadoras de deficiência que utilizam softwares de leitura,
uma vez que os mesmos não reconhecem essas palhaçadas que vocês
acham “legal” inventar por puro fogo no rabo e falta de serviço
(a vida de vocês deve estar muito bem resolvida e sem nenhum
problema para gastar tempo com “desconstrução da língua
portuguesa, né?)
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Entender que os maiores babacas que vocês tanto adoram criticar não são Gays e sim bissexuais.
Sabe
aquele cara que vocês gostam tanto de chamar de babaca, machista e o
escambau por exigir “sigilo”, ser “discreto e fora do meio”,
“não sou nem curto afeminados”, “tem que ser escondido” e o
caralho a quatro? Pois então. Essas pessoas geralmente fazem isso
porque têm medo ou vergonha de ter sua sexualidade revelada. E sabem
quais são os maiores motivos para tal? 1) São Gays obrigados a
fingir uma vida heterossexual e não podem ser expostos por “n”
motivos que vão desde homofobia internalizada até medo de agressões
e coisas piores. 2) São bissexuais que não querem ser “confundidos”
com Gays e desprezam qualquer tipo de associação deles com a
homossexualidade. Lembram dos famosos “comedores de v14d0” aos
quais nos referíamos até pouco tempo atrás (os atuais HSH)? Pois
bem. Eles nada mais são que bissexuais. Então tomem vergonha na
cara e parem de jogar esse saco nas costas dos Gays quando na verdade
ele está muito mais nas costas do bis do que na nossa.
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Parar de confundir cooperação com parasitismo
Muita gente adora falar em uma
linda e maravilhosa “união da comunidade LGBT”. Mas essa união
só existe quando ela serve para fazer com que os Gays deixem suas
pautas em segundo plano e trabalhem para tratar de pautas de outras
letras do abecedário da casa da mãe Joana que virou este movimento.
Quando a pauta tratada é uma pauta referente à comunidade Gay, o
que não faltam são textões falando do “quão umbiguista o
movimento Gay é”, “como os Gays são GGGGs e pensam apenas em si
mesmos” e coisas afins. Esquecendo-se, proposital e desonestamente,
de que o movimento Gay carregou todas as lutas nas costas por mais de
150 anos. Inclusive quando o movimento feminista fez o favor de meter
o pé na bunda das lésbicas deixando para que o movimento Gay
(aquele GGGG que vocês tanto odeiam) impedisse que elas fossem
enviadas para os campos de concentração nazista sob o parágrafo
174 do CP alemão. Mas quando são as outras letrinhas da sopa
(inclusive bissexuais que nem pautas próprias têm) que estão
tocando suas lutas independentemente (o que eu acho ótimo porque
cria independência), sobram elogios sobre “como os LBTs são
empoderados” e o caralho a quatro”. Realmente é bem fácil ter
este empoderamento todo e “exigir visibilidade” quando a poeira
está mais baixa e se foi carregado nas costas por um século e meio,
né? Então sejam ao menos um pouquinho menos ignorantes e mais
coerentes, pois Gay nenhum é empregado de LBT para priorizar outras
pautas em detrimento das nossas. Até porque vocês não fazem isso.
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Discutir pautas que realmente existam e parar de achar que questões referentes à sua vida pessoal são relevantes para debates sociais.
“Padrãozinho”,
“gordofobia”, “solidão afetiva de fulano”, “desconstrução
de gosto”... Nada disso é pauta e nada disso é minimamente
relevante para o movimento. Pare de achar que alguém é obrigado a
resolver seus problemas e lástimas pessoais como parte da
militância, pois não é. Se a sua vida afetiva é uma bosta, o
problema é seu. Resolve isso por conta própria, cresça, se
valorize e entenda que ninguém é obrigado a gostar (ou fingir que
gosta) de você por “desconstrução” (vulgo: pena). E na moral,
não é possível que vocês achem digno alguém fazer de conta que
gosta de vocês por obrigação. Cadê o amor próprio, galera?
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Deixar de ser fresco e focar nas pautas que realmente importam.
Aproveitando o gancho do ponto
anterior, eu queria muito saber como andam as discussões realmente
sérias e que devem ser tratadas no nosso movimento ao invés de
“noossaaaaa, como os GGGGs padrõezinhos são babacas por darem
toco em gente gordaa”, “noosaaaaa, o Gay chamou o bissexual de
indecisoo. Que bifóbico ele é”, “nooosaaa, que absurdo um gay
que se recusa a se relacionar com vaginas, seu misógino escroto,
machista babaca”, “ain, hoje eu criei um gênero novo pra mim no
tumblr e quero ele na minha identidade senão vou chamar todo mundo
de transfóbico”; como por exemplo: Legalização (via lei e não
jurisprudência) do casamento homoafetivo, derrubada da proibição
de homens gays doarem sangue, adoção, despatologização da
transsexualidade e extinção dos CIDs F-64.0, F-64.1 e F-65.1,
empreendedorismo LGBT, ações de proteção à criança e
adolescente vítima de homofobia em casa e na escola, políticas
públicas para LGBTs idosos, criminalização da LGBTfobia, aprovação
do estatuto da diversidade sexual, formação de bancadas políticas
para que nossas pautas possam realmente ser debatidas, ações
internacionais a respeito dos CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO PARA HOMENS
GAYS que existem na Chechênia, caça aos Gays promovida abertamente
pelo islamismo, direito à autodefesa e coisas do tipo.
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Parar de se achar no direito de se meter na vida sexual / amorosa de outras pessoas sem elas terem pedido sua opinião.
Ultimamente os LBTs têm super
se achado no direito de querer ditar e decidir com quem os Gays devem
se relacionar, né? “Ain, você não se relaciona com gordos seu
gordofóbico”, “ain, você não se relaciona com bis, seu
bifóbico”, “ain, você não se relaciona com negros, seu
rascista”, “ain, você não se relaciona com trans, seu
transfóbico”... E vocês, amores? Como andam (para além do
recalque) suas vidas amorosas e sexuais? Cheias de bissexuais,
negros, gordos e trans? Ou será que vocês não passam de um bando
de hipócritas demagogos que gostam de bancar as carolas da década
de 20 que gostavam de arranjar casamentos para os outros enquanto
estavam encalhadas? Vocês se relacionam com seus respectivos grupos
ou isso é uma “nova obrigação” exclusiva da comunidade Gay
para satisfazer o ego tosco de vocês?
É um ponto a se pensar, né?
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Parar de estimular hábitos destrutivos e nocivos sob um falsíssimo pretexto de “desconstrução” e “empoderamento”.
Está super “na moda” as
pessoas “se preocuparem” com a saúde mental das outras, né? Mas
a custo de quê? Como vem essa preocupação e qual sua finalidade?
Será que se trata realmente de preocupação com terceiros ou apenas
de justificar hábitos destrutivos e camuflar a preguiça, comodismo
e vontade de fazer todo mundo ser como você usando como argumentos
absurdos como “tudo bem você estar gordo”; “obesidade não é
doença”; “obesidade não deve ser combatida e sim a
‘gordofobia’”, “ser magro e frequentar academia é uma forma
que o sistema capitalista malvadão usa para te explorar e acabar com
sua saúde” (OI??); “se você for gordo (a) e gostar de ser
assim, você não está fazendo mal nenhum a você mesmo e ainda está
sendo ‘revolucionário e lutando contra os padrões de beleza’”
(vergonha na cara, que é bom, nada né?) e “essa sociedade
gordofóbica vai ter que aturar ou surtar”?
Pois bem. Obesidade é doença
SIM, é um problema de saúde pública SIM, faz mal SIM e deve ser
combatida SIM. E nenhum discursinho com jargões mainstream vai mudar
o fato de que obesidade é uma doença (CID E-66), entope veias,
acarreta outras doenças e mata. Então ao invés de prestarem
desserviços à sociedade, comecem a incentivar as pessoas a fazerem
exercícios, frequentar academias e ter uma boa alimentação ao
invés de falar que “bacon e carboidratos são revolucionários”.
Ninguém liga para revolucionários mortos por hipertensão,
diabetes, hipertrofia ventricular, trombose, câncer, artrose e
derivados. CRESÇAM!
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Entender que “lacração” não é ativismo.
Se
você acha que “lacrar” e “pisar” nos outros é uma excelente
e revolucionária forma de ativismo, parabéns. Você é um completo
imbecil. Além de não ajudar em absolutamente nada em luta alguma,
só cria ainda mais resistência e aversão às pautas e discussões
que devem ser feitas o quanto antes pelo simples motivo de que você
quer brincar de Regina George e fazer de conta que é uma vilã de
novela das 21hs. As pessoas não vão atender às nossas
reivindicações e entender sua importância pelo simples fato de
você querer que elas façam isso. É preciso provas e desenhar o
porque isso deve ser feito. Mostrar o que vai trazer de bom para a
sociedade e como tais questões vão contribuir para o avanço dela
como um todo. Não se esqueça que você é uma minoria tanto em
número populacional, quanto em dinheiro e poder. Então achar que se
pode enfrentar um canhão de guerra com um quilo de glitter e que
nisso existe uma correlação de forças proporcionais, além de ser
um baita de um tiro no pé, é de uma burrice sem tamanho. Sem falar
que é irritante pra caralho e faz não só os “cis-héteros”
tomarem antipatia do movimento como um todo, como também afasta e
coloca muitos LGBTs contra o movimento da forma como vem sendo
tocado. Isso se chama auto sabotagem e suicídio político.
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Parar de demonizar Gays
Não é de hoje que a
humanidade está habituada a jogar a culpa de todas as suas mazelas,
sofrimentos, desgraças, catástrofes e infortúnios nas costas dos
Gays. Acreditem, nem nisso vocês são pioneiros ou “diferentões”.
Foi assim com a peste negra no século XIV, foi assim durante o
nazismo, foi (e é) assim nos regimes comunistas, foi (e é) assim no
cristianismo onde somos culpados pela questão de Sodoma e Gomorra, é
assim no islamismo, foi assim durante a epidemia de HIV no século
passado... Enfim. Sempre que dá alguma merda na sociedade, a galera
usa a comunidade Gay como espantalho para culpar por suas
lamentações. E agora o mesmo está sendo feito com os pobres
coitados dos LBTs que resolveram embarcar na onda (nada criativa) dos
homofóbicos e jogar toda a culpa de suas angústias e lamentações
nas costas dos Gays.
Acontece que se hoje vocês
têm o mínimo de liberdade para brincar de “lacrar”, “pisar”
em Gays e chamar isso de ativismo (vocês são patéticos), é
justamente graças aos homens Gays que carregam vocês nas costas
como parasitas desde 1867, quando foi criado o primeiro grupo de
defesa dos direitos homossexuais do mundo. O comitê científico
humanitário foi fundado por Magnus Hirschfeld em 1867 na Alemanha e
foi graças aos GGGGs que hoje vocês podem sair lacrando, dando
pinta e sair por aí esbanjando soberba e ingratidão ao se
apropriar, colonizar, apagar, reescrever e literalmente roubar a
história de um movimento que foi criado, tocado e mantido por Gays
desde sempre. E antes que venham com aquela ladainha ridícula de
Stonewall, já lhes adianto que: 1) Não foi nem de perto a primeira
mobilização Gay que existiu. Antes disso já haviam várias
mobilizações como piquetes, artigos em revistas e todo tipo de
manifestação que conhecemos hoje. Stonewall foi apenas um marco que
teve maior visibilidade. 2) Não foram as travestis e mulheres trans
que deram início à revolta. Inclusive a tal da Sylvia Rivera sequer
estava nos motins. Ela estava dormindo no Parque
Bryant depois de uma dose de heroína. A clientela de Stonewall,
inclusive, era formada basicamente por homens brancos de classe
média, frequentado por poucas drag queens e travestis. Então antes
de saírem espalhando mentiras, ao menos se informem sobre a história
do evento em questão.
Isso sem falar na apropriação
de datas e símbolos da cultura Gay como a própria bandeira do
arco-íris, que é a bandeira do orgulho Gay (e não “LGBT”) e de
datas como o dia 17 de maio, no qual é comemorado o dia
internacional de combate à homofobia, por se tratar da data em que a
homossexualidade foi retirada da lista de doenças da OMS em 17 de
maio de 1990.
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Parar de fazer o movimento virar uma piada como tem sido feito nos últimos anos.
De uns anos para cá, o que
não faltou foram motivos para tratar o movimento como piada. Dentre
os quais, podemos citar coisas como a incorporação de trocentas
letras à sigla (uma para cada “gênero” novo criado pela turma
da lacração virtual – têm-se notícia de que tem gente usando
até QUINZE letras nela e pasme: pessoas querendo incluir
heterossexuais nela), teorias sem o mínimo nexo como “gênero
fluido”, “sexualidade como construção social” (o que
corrobora com o discurso fundamentalista de “cura gay” ao dizer
que ninguém nasce hétero ou homossexual – ou seja, a mesma coisa
que os religiosos dizem ao falar que as pessoas “viram gays” por
influência), uma suposta obrigatoriedade de pessoas L, G, B e Ts
serem de esquerda para terem alguma “legitimidade” de lutar por
seus direitos civis como se orientação sexual e identidade de
gênero fossem meras ideologias políticas, esquecendo-se
completamente que tanto a direita quando a esquerda (principalmente a
esquerda) perseguiu, prendeu, torturou, mandou para campos de
concentração e Gulags os homossexuais sob acusação de serem
“contrarrevolucionários” e campanhas horrendas como algumas que
vemos por aí de “LGBTs pró-islã” (aquela religiãozinha que
mantém atualmente SEIS campos de concentração para homens Gays na
Chechênia.
O mais engraçado é a forma
como as pessoas estão assustadas com o aumento da oposição ao
movimento que vem ocorrendo nos últimos anos. Se nem o próprio
movimento trata das coisas sérias que deveriam ser tratadas, como
podemos esperar que pessoas fora dele entendam a seriedade que o
mesmo deveria ter? Isso sem falar, claro, na quantidade de LGBTs que
idolatram ditadores genocidas homofóbicos como Fidel Castro, Che
Guevara, Stálin e Kim Jong-Um.
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Tomar vergonha na cara e parar, de uma vez por todas, de falar em “privilégio Gay”.
Por fim, mas não menos
importante, vamos parar de uma vez por todas com essa palhaçada de
falar em “privilégio Gay”. Não existe absolutamente nenhum
privilégio em ser perseguido por mais de 1600 anos, preso,
torturado, açoitado, enforcado, decapitado, açoitado, lobotomizado,
apedrejado, enviado para campos de concentração, privado de
direitos, visto como sub-homens, vetores de doenças, causadores de
catástrofes ambientais e ter um alvo nas costas desde sempre.
Se formos falar em um suposto
privilégio, quem tem esse tal privilégio é quem consegue “fazer
de conta” que é hétero, andar de mãozinhas dadas com o
relacionamento hétero na rua enquanto mantém relação sexuais
escondidas com pessoas do mesmo sexo para satisfazer seus desejos,
né? Talvez seja privilegiado quem, ao invés de ser chamado de
“aberração” e “abominação”, é chamado de “esperto”,
“quem come de tudo está sempre mastigando”, “caiu na rede é
peixe”, “tem buraco, tá entrando” e tantas coisas que as Dear
bissexuais people são relacionadas pela sociedade em geral. Então,
na moral. Deixem de ser desonestos, hipócritas, tomem vergonha na
cara e acordem para a vida.
14) Problematizar menos e
solucionar mais.
Quanto mais o tempo passa,
mais a militância ‘ELIGEBETÊ” se preocupa em criar e apontar
problemas e menos em trabalhar em soluções para tais problemas.
Como se criar uma nova sofrência por dia ou um motivo para mostrar
para o coleguinha o quão fodida a vida dele é (todo mundo já conhece os próprios problemas), fosse algo
minimamente produtivo e ajudasse em alguma coisa.
Ao invés de se gabarem por
serem “os problematizadores do rolê”, poderiam começar a ser os
solucionadores de problemas e criadores de ideias que possam
realmente ajudar as pessoas. Como vai o trabalho nas ONGs?, Nos Gts?
As participações no processo de construção das paradas? Como vai
a politização da parada? A sugestão de temas sérios e relevantes?
Como vai a criação de grupos que visem criar empresas LGBTs para
que a questão do desemprego dessa população seja atenuada? O
incentivo às empresas que nos apoiam? Como vão os financiamentos
coletivos para criação de comunidades físicas para LGBTs? O
estímulo à defesa pessoal ao invés do textão? Como vai o
voluntarismo? E as campanhas pela aprovação de nossas pautas? E a
mobilização contra a inquisição Gay que vem ocorrendo no mundo
islâmico?
Pois bem, galera. Não adianta
nada sair por aí se gabando pela sua “incrível capacidade de
criar problemas” se você não tem a mesma capacidade de sequer
pensar em como ajudar a solucioná-los.
Quanta lucidez! Vou compartilhar esse texto! Pena que muitos não vão ler, por preguiça ou por desinteresse mesmo. Parabéns! Força sempre!
ResponderExcluirPerfeito! ❤️
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